sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

É sexta-feira, amor

É sexta-feira, amor. Todo mundo acorda com uma disposição diferente. Pode ter um monte de coisa no trabalho, mas tudo é feito com celebração, às vezes vazia, às vezes sagaz, às vezes saudável ou simplesmente às vezes. É véspera de final de semana e, para quem não trabalha aos sábados, tem gostinho de vitória. Afinal, merecemos. São tantas situações e informações que é necessária a cervejinha, o brinde saudável, independente que a ação cause um porre. Se amigos estiverem juntos, melhor ainda.
A gasolina subiu, as verbas para a educação estão sendo cortadas, os salários atrasados. Nada justifica isso. Somos roubados todos os dias. Pelo amor dos deuses, pelo menos não roubem a nossa sexta-feira. A Petrobrás está mergulhada em um poço negro, que nem petróleo é. O PT se afunda um pouco mais a cada passo e a Câmara dos Deputados elegeu um pulha que é sinônimo de retrocesso. Renan Calheiros e Aécio Neves trocam farpas e a tarifa de ônibus está fodendo sem vaselina vários cus. E quem tem cu, tem medo. No entanto, não nos privem do sorriso que queremos em um sexta-feira. Eu sei que é alienação não pensar ou agir para melhorar algo mesmo no fim de semana, mas é preciso respirar, esquecer por alguns momentos que a vida é mais foda do que os belos comerciais do Itaú. Nos permitam um início bom para dois dias de descanso, por favor.
É sexta-feira, amor.

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